22/04/2010

Pontos nos iii

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"A vida é tão diferente
Daquilo que sonhamos
Talvez o nosso mal seja acordar"


Há uma linha invisível, uma ténue fronteira entre o ontem e o hoje... e o amanhã(?); entre o dia e a noite; entre o cedo e o tarde; entre o conhecimento e a ignorância; entre o amor e o ódio... e entre o ódio e o amor(?); entre a saúde e a doença... e entre a doença e a saúde(?)...

"Estou a sentir
A minha voz perdida no deserto"


Espero. Há um nó que me aperta no estômago.

Queria dizer-te que nada me ata a nada, que sou dona de mim, que quem manda em mim sou eu... e até pensava que era um pouco assim. Mas não é.
Tudo o que tenho não é meu. Tudo o que sou não está nas minhas mãos. Tudo o que penso não me cabe no pensamento. Tudo o que sinto me escapa. Tudo o que sei desconheço. E o que olho não vejo. E o que me dizem não sei.
Longe - perto; longo - breve; grande - pequeno; aberto - fechado; visível - escondido...
Palavras: apenas palavras com muitas conotações, sentidos, direcções; e dores, afectos, emoções.

Espero. E chove-me enquanto espero. A chuva que me escorre é porta de vai-e-vem. Para lá dela, o nevoeiro: o despontar da noite ou do dia - o crepúsculo ou a aurora.

A vida nunca é como a sonhamos.
Mas parar de sonhar é parar de viver.

Preciso de um Xanax; ou de um café.

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