06/10/2013

Para lá das Estrelas


Encosto-me, na noite, aos vidros da janela do quarto. As estrelas brilham no céu. Colo-lhes o meu olhar e fixo uma em especial. A minha. É uma estrela no meio das outras estrelas, mas mais solitária. Como eu. Sozinha no meio da multidão.

Quem sabe se a uma qualquer outra janela haverá alguém a olhá-la como eu… aquele por quem o meu coração espera? Suspiro. Como será e onde estará essa alma-gémea que me será um dia? Não sei. Mas espero. Espero, demorando-me num gesto obtuso, que risco no vidro embaciado da janela, a arremedar o silêncio…

Estrelinha, brilha para lá do meu querer e ilumina aquele que atrairás com a tua intensidade a olhar-te; para depois o seu olhar seguir o caminho do teu raio de luz, até chegar aqui. A mim.

Sim, imagino que para lá do meu olhar, poderá haver outro olhar cativo da mesma estrela. Quero imaginar que há. Imagino que há. Como a imaginação tem poder!

A imaginação há-de ser sempre o meu limite… para lá das estrelas.

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