Os pensamentos e os remorsos não davam tréguas a Luísa.
Não acreditava que apaixonar-se pudesse ser pecado. É que não se pode evitar, principalmente quando se está só ou carente. Mesmo que não se procure. E quando acontece e se é correspondido, então não há como se ocultar por muito tempo, e o encontro dos sentimentos acabará por surgir na menor oportunidade. Parece que existe como que um íman que atrai e tudo se torna inevitável porque os dois se buscam. Luísa ainda o tentou evitar mas sem o conseguir, apesar de saber que um namoro entre uma professora e um aluno nunca seria bem visto. Uma relação entre professora e aluno não era nada convencional, e quando aconteceu foi a medo, por isso reprimida e curta, mas em encontros tanto mais intensos quanto escondidos, tanto mais vividos quanto fugazes. Uma vivência tão cega quanto puros os sentimentos.
O tempo foi escasso para explicações e estórias de vida, e ficou tudo por dizer.
Tudo se precipitara quase no final do semestre e do ano lectivo quando Luísa caíra em si depois de fazer o teste de gravidez. Depois, Luísa dava por si a evitar-lhe os olhos; e as aulas onde o tinha por aluno tornavam-se insuportáveis porque impregnadas da dor da sua presença. Até que Luísa tomara a decisão que a fizera culpada.
Era agora mais do que tempo de lhe contar toda a verdade. Já não era sua professora. E ele já não era seu aluno.
Pelo menos aquela verdade ele tinha de saber. Tinha esse direito. Mesmo que ela nunca obtivesse o seu perdão.
17 comentários:
O pecado e o perdão aguardam sempre quem os assuma.
Assim é: apaixonar-se é uma privação temporária da razão. E confessar a falha é a melhor forma de livrar-se do remorso. :) Bom texto, boa semana!
Facto, talvez, veridico, mas a paixão é assim, não escolhe idades nem estatutos. Há que aprender a ser feliz.
Um abraço Fá.
Claro que sim...o direito à verdade
seja como for, com perdão ou sem perdão...
é um direito da condição!
Para os dois, pois então!
bjitos menina musical :)
Eu prefiro sempre sofrer com a verdade do que ser torturada com a mentira.
bjs
Insana
*
Amiga,
direito á verdade,
neste País ?
olha, dou-te o J. Palma,
,
Deixa-me rir
Essa história não e tua
Falas da festa e do sol
Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor,
o que vai dizer segunda feira !
,
maresias nocturnas,
,
*
Estou ansiosa por ler mais um pouco desta história...
A verdade sempre...mesmo que doa.
Mas continuo dizendo que devemos controlar certos sentimentos...a não ser aqueles que DEUS designou serem a nossa vida e aí, só ELE nos comanda e ELE sabe o que faz.
Bjs.
Mer
a culpa nao existe qdo o amor é verdadeiro.
beijo!
A paixão é assim não escolhe idades nem estatutos sociais...aguardo o desenrolar da história...
Beijinhos
Não é fácil nada mesmo situações complicadas mas há sempre solução para tudo e o tempo então esse com a Graça de Deus cura todas as feridas.
Beijinhos da Utilia
O amor acontece sempre quando menos se espera, ele não é convencional e não se detém diante das barreiras sociais. Romeu e Julieta que o digam!
Um carinho enorme, amiga!!!
"Já não era sua professora. E ele já não era seu aluno."
O cenário dos encontros esquivos tinha desaparecido. O mundo era o que era, e tinham que enfrentar isso talvez da forma mais brutal. Para ela, um sentimento de culpa. Para ele, provavelmente, a incompreensão de certos assomos da vida...
beijo :)
Quando o amor é verdadeiro vale a pena enfrentar tudo. Uma excelente história, aguardo o desenrolar...
Tem selinho lá pra você Fá!
bjos no seu coração
Uma situação complicada ! Mas que não é isolada!Acontece mais vezes do que se pensa! Mas o Direito à Verdade é incontestável.
Todos tem direito a verdade, mas perdoar é para poucos, beijo Lisette.
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. a verdade como confronto . e no futuro como conforto .
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. é assim o inexplicável . que tão somente se conta para nunca mais re.contar, por não ser necessário .
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. um bom.fim.de.semana .
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. um beijo meu .
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... claro que Luisa deve dizer ao jovem (?!) o que passa. Não é um caso virgem e deve ser assumido, é esta a minha opinião. Mas estás à vontade para dar um outro rumo à história... porque afinal ela pertence-te.
Beijos e sorrisos.
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