A carrinha da Instituição ficou de levar o José no dia seguinte para fazer uma visita ao Centro de Dia e almoçar lá. Este vestiu a roupa de domingo e foi. Gostou do que viu e da refeição, e concordou em fazer uns dias de experiência, após o que fez a inscrição e foi admitido. Passou a ter refeições decentes, higiene pessoal como deve ser, e roupa tratada. A casa e a cama foram desinfestadas e esta levou um colchão e cobertores novos. Passado uns tempos já nem parecia o mesmo, de aspecto asseado e bem alimentado.
O pedreiro foi mandado ver o telhado e fez um orçamento. Chegou-se à conclusão de que o dinheiro do José era mais do que suficiente, não sendo necessário recorrer a qualquer ajuda externa. Afinal, por via do dinheiro, ele não tinha necessidade de ter estado tanto tempo naquela miséria. Mandou-se, assim, fazer um telhado novo, substituir o soalho de madeira, velha e podre, por material facilmente lavável, fazer obras exteriores na entrada da porta principal da habitação e, ainda, substituir uma janela em muito mau estado.
Durante o tempo em que decorreram as obras, o José passou a dormir na Instituição, na Unidade de Apoio Integrado (UAI) – uma resposta social de permanência temporária, de períodos de quinze dias, renováveis no caso de se justificar, destinada a pessoas com necessidades de apoio social e de cuidados de saúde continuados, com os objectivos de lhes criar condições de autonomia, de forma a habilitá-las a regressar ao seu domicílio; ou de convalescença de doentes, após alta hospitalar, e ensino às famílias e outros prestadores de cuidados informais do modo de os cuidar; e receber outros idosos ou doentes para descanso dos familiares. Este caso enquadrou-se perfeitamente nesta resposta, mas o José teve sorte, pois passado algum tempo, a Segurança Social deixou de querer continuar a comparticipar esta resposta social, o que levou depois a deixar cair esse acordo de cooperação e passar essas camas, afectas a essa resposta, para alargamento da resposta social de Lar de Idosos. Caso, na altura, não houvesse UAI, teria sido mais difícil o acolhimento do José durante o período em que decorreram as obras, o que levaria a ter de se procurar outra solução, talvez com recurso à comunidade, apesar de ninguém se ter disponibilizado para ajudar ou mostrado grande interesse pelo facto. Isso era assunto para a Associação resolver, ela é que está vocacionada para isso, é para isso que ela existe – parece ser pensamento consensual generalizado.
Depois das obras concluídas e melhoradas as condições interiores, a higiene habitacional passou a ser assegurada pela Instituição e o José pôde usufruir de uma melhoria na sua qualidade de vida.
Junto com o telhado veio “cama, mesa e roupa lavada”: meio caminho andado para a felicidade.
Fim
O pedreiro foi mandado ver o telhado e fez um orçamento. Chegou-se à conclusão de que o dinheiro do José era mais do que suficiente, não sendo necessário recorrer a qualquer ajuda externa. Afinal, por via do dinheiro, ele não tinha necessidade de ter estado tanto tempo naquela miséria. Mandou-se, assim, fazer um telhado novo, substituir o soalho de madeira, velha e podre, por material facilmente lavável, fazer obras exteriores na entrada da porta principal da habitação e, ainda, substituir uma janela em muito mau estado.
Durante o tempo em que decorreram as obras, o José passou a dormir na Instituição, na Unidade de Apoio Integrado (UAI) – uma resposta social de permanência temporária, de períodos de quinze dias, renováveis no caso de se justificar, destinada a pessoas com necessidades de apoio social e de cuidados de saúde continuados, com os objectivos de lhes criar condições de autonomia, de forma a habilitá-las a regressar ao seu domicílio; ou de convalescença de doentes, após alta hospitalar, e ensino às famílias e outros prestadores de cuidados informais do modo de os cuidar; e receber outros idosos ou doentes para descanso dos familiares. Este caso enquadrou-se perfeitamente nesta resposta, mas o José teve sorte, pois passado algum tempo, a Segurança Social deixou de querer continuar a comparticipar esta resposta social, o que levou depois a deixar cair esse acordo de cooperação e passar essas camas, afectas a essa resposta, para alargamento da resposta social de Lar de Idosos. Caso, na altura, não houvesse UAI, teria sido mais difícil o acolhimento do José durante o período em que decorreram as obras, o que levaria a ter de se procurar outra solução, talvez com recurso à comunidade, apesar de ninguém se ter disponibilizado para ajudar ou mostrado grande interesse pelo facto. Isso era assunto para a Associação resolver, ela é que está vocacionada para isso, é para isso que ela existe – parece ser pensamento consensual generalizado.
Depois das obras concluídas e melhoradas as condições interiores, a higiene habitacional passou a ser assegurada pela Instituição e o José pôde usufruir de uma melhoria na sua qualidade de vida.
Junto com o telhado veio “cama, mesa e roupa lavada”: meio caminho andado para a felicidade.
Fim