"Uma gaivota voava, voava,
Asas de vento,
Coração de mar.
Como ela,
Somos livres,
Somos livres de voar."
O dia entardeceu nublado. Aproximei-me do mar para lhe sentir o fresco. O areal cheio de gaivotas pousadas na areia.
Dizem que gaivotas em terra significa tempestade no mar. Que quando o mar está agitado, as gaivotas vêm para a terra. Será isso um sinal a avisar que vai haver tempestade no mar?... O povo também diz: Gaivotas pela terra adentro, sinal de mau tempo. Pressentirão elas o mau tempo? Não sei. Eu gosto de as ver, ao longe. São tão bonitas no ar! Quando voam são muito bonitas, e em terra também o são. Junto ao mar têm-me feito companhia, horas a fio, em dias óptimos e mar espectacular. E marcam a distância: se tento aproximar-me, lá vão elas em voo. São bonitas, ao longe. Fascinam-me com a sua beleza.
Ontem também notei que havia algumas gaivotas onde o mar não é assim tão perto. Andavam à procura de alimento. Uma, que parecia ter uma pata ferida, pulando só na outra pata, ficava para trás. Fiquei com pena.
Lembrei-me do rifão que também já ouvi: gaivotas por terra, ou fome ou guerra. Seja como for, gosto das gaivotas! São como todos nós, como todos os outros seres vivos empenhados na sua sobrevivência. Gostam de peixe, quando há. Quando não têm, comem o que encontrarem.
Canto e recanto aquela canção da gaivota. Uma música simples, canção de embalar, que me emociona. No caminho das pedras é promissor - o que quer que venha, será, com certeza, melhor. A ingenuidade, se calhar, assim me o dita. Meus quinze anos – tempo de semear sonhos.
Fecho os olhos para sentir os sonhos com mais intensidade, e para não sentir mais nada.
Pois eu gosto das gaivotas!
Espero que sejam felizes. Como elas, espero ser livre e feliz.
O tempo está bom para semear sonhos…
17 comentários:
Gosto muito desta canção da Ermelinda Duarte.
E gosto do que li.
Que seja pois livre e feliz...mais do que as gaivotas :)
Brisas doces *
Gostei do teu texto, Fá.
As gaivotas não pressentem, sentem e percecionam indicadores da tempestade que se aproxima.
Também é em terra que nidificam e voltam ao lugar onde nasceram para fazer o ninho.
Inscreveste-te no meu blogue e não tens aparecido, fazia-te bem ler sobre temas leves de arte...
Dias aprazíveis e felizes.
Beijinho
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Gosto de gaivotas ( adoro fotografá-las ), gosto muito da canção e também tinha 15 anos quando ela foi cantada pela primeira vez.
Que todos os seus sonhos se tornem realidades.
Beijinhos
Maria
Também sempre ouvi dizer que Gaivotas em terras era tempestade no mar.
Voar...Voar...É sonhar, mas o sonho comanda a vida e voar transmite sempre mesmo em sonho a sensação de liberdade.
Bom texto
Bjgrande do Lago
Bom ver que voltaste a escrever, Fa; gosto muito da simplicidade e harmonia dos teus textos! Belo post, boa semana: semeemos sonhos, então! :)
Olá, Fá.
Também gosto das gaivotas (embora, aqui, tenha por companhia as cegonhas).
Adorei o texto.
Beijinho
Olá, Fá
Gostei do texto e gosto muito de gaivotas.
Como moro próximo do rio, nas traseiras da minha casa há sempre gaivotas. Há um candeeiro de iluminação pública cuja parte superior parece um cogumelo. Já fotografei imensas vezes gaivotas poisadas lá. É uma imagem linda!
Mas...
Como não possuo o seu email venho aqui dizer que gostaria de partilhar consigo a postagem que publiquei hoje, dia 01/02/18, no meu blog A CASA DA MARIQUINHAS/
Desde já o meu “Bem haja!”
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
PS – Desculpe o “copy & paste”
Que lindo! Me fez lembrar de "Fernão Capelo Gaivota", de Richard Bach!
beijos!
https://ludantasmusica.blogspot.com.br
OI FÁ!
FALAS DE MAR, QUE ALIÁS AMO, DE GAIVOTAS E TUDO O MAIS QUE AO VERÃO ME ARREMETE, ESTAMOS AGORA NOS DESPEDINDO DELE, O VERÃO E EU JÁ O ESTOU ESPERANDO POIS NÃO GOSTO DO INVERNO MAS, NÃO HÁ COMO FUGIR, HÁ QUE VIVÊ-LO.
LINDO POST AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Julgo que muitos de nós, apreciam gaivotas! É uma ave graciosa, cujo piar faz-nos pensar! Gosto muito de as ver. Há belíssimas fotos com gaivotas!
Remete-me para Fernão Capelo Gaivota, a ave que apenas sonhou lançar-se em vôos mais altos e por isso foi renegada pelo seu grupo.
Sonhemos e façamos da Terra um lugar melhor para nós e para todos os seres que nela habitam.
Bom Ano 2020!
Gostaria muito de estar pero do mar, que amo. Quando vejo fotos das gaivotas, me encanto. Seu texto é suave, um canto à liberdade. Bjs.
Uma canção de liberdade que se fez poema eterno
Gostei
Um belo texto que gostei muito de ler, também gosto de gaivotas.
Beijinhos
Uma ave bastante resiliente... Adorei o seu texto, Fá!
Eu confesso ter algumas reservas em relação às gaivotas... pois num porto de pesca, como é o da Praia dos Pescadores, na Ericeira, e onde o peixe abunda... tal como restos de pescado, largados diariamente no porto... elas mesmo assim, procuram os ninhos de pombos nas muralhas junto à praia e perseguem os juvenis, em tempos de Verão, quando os barcos mais trabalham, para fornecer alimento para os vários restaurantes apinhados de turistas... conservando assim o seu instinto de predadoras... tive oportunidade de assistir a vários episódios assim, nas minhas férias de Verão, por lá, daí ter algumas reservas quanto ao carácter mais pacífico das mesmas...
Mas entendo absolutamente o seu simbolismo, sempre associado à paz e à liberdade... pois essa letra de canção, até era umas das músicas emblemáticas do 25 de Abril...
Um beijinho grande! Bom fim de semana!
Ana
O 25 de Abril de 1974 abriu novos horizontes e acordou muitas mentalidades. Felizmente que homens e mulheres corajosas decidiram libertar o Povo das amarras da escravidão e submissão. Em todas as escolas e Universidades devia ser obrigatório falar-se dessa maravilha que o meu pai fala ser para comemorar sempre. Fiquei fã do seu blogue
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Abri um blogue de poesia. Gostava que o conhecesse, visitando. Obrigada.
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ilusoesepoesiaadulta – (sem vernáculo)
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Muito bonito!
Linda canção, Fá!
Adorei seu texto, espero que sejamos livres, bem mais livres que as gaivotas!
Tenha um excelente Maio!
Beijinhos.
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