Há histórias nascidas da bruma e do sol poente. Há poemas que se soltam de terramotos e de tornados. De vendavais. De névoas; ou de brisas mansas. Há laços feitos de marés e de encantamento. Poeiras de nebulosas que são gritos de esplendor. Ventanias – canções de amor.
Hesitantes, embalados por um sentimento oceânico, movidos por um sopro do olhar, experimentam tocar-se. E acontece o abraço… quente. E nele dois corações que pulsam em uníssono…
Foi uma carência de alma e de corpo que o fez afogar-se bem no meio daquele mar.
Seria tão inesperado assim? Será que mesmo nada o faria prever?
No fundo, lá bem no fundo de Taiki, uma secreta e escondida esperança de que pudesse acontecer. Ele sabia, tinha lido de Jorge Amado, que «A felicidade não se pode alimentar apenas de recordações do passado, necessita também dos sonhos do futuro.»
E o futuro se calhar estava ali, agora, naquilo que lhe parecia um sonho. Algo como música dançava, rodopiava em volta. Os olhos de Taiki abriram-se e as lágrimas retidas escorregaram-lhe em gotas pelo rosto insaciado. E as palavras não ditas a quererem-se adivinhar nos olhares…
Uma necessidade contida de ter alguém, nascida da aurora perdida, fazia com que se sentisse cada vez mais carente…
É quando o perpassa uma vertigem de medo: porque é que as mulheres não trazem manual de instruções? E atrapalha-se como um menino perdido, ali, de coração descalço.
– Oh! Eu não sei o que sinto…
[Continua em Longos Percursos, não deixem de Ler.]
Este foi só mais um meu pequeno contributo na história de Taiki, a pedido do Fontez.
Hesitantes, embalados por um sentimento oceânico, movidos por um sopro do olhar, experimentam tocar-se. E acontece o abraço… quente. E nele dois corações que pulsam em uníssono…
Foi uma carência de alma e de corpo que o fez afogar-se bem no meio daquele mar.
Seria tão inesperado assim? Será que mesmo nada o faria prever?
No fundo, lá bem no fundo de Taiki, uma secreta e escondida esperança de que pudesse acontecer. Ele sabia, tinha lido de Jorge Amado, que «A felicidade não se pode alimentar apenas de recordações do passado, necessita também dos sonhos do futuro.»
E o futuro se calhar estava ali, agora, naquilo que lhe parecia um sonho. Algo como música dançava, rodopiava em volta. Os olhos de Taiki abriram-se e as lágrimas retidas escorregaram-lhe em gotas pelo rosto insaciado. E as palavras não ditas a quererem-se adivinhar nos olhares…
Uma necessidade contida de ter alguém, nascida da aurora perdida, fazia com que se sentisse cada vez mais carente…
É quando o perpassa uma vertigem de medo: porque é que as mulheres não trazem manual de instruções? E atrapalha-se como um menino perdido, ali, de coração descalço.
– Oh! Eu não sei o que sinto…
[Continua em Longos Percursos, não deixem de Ler.]
Este foi só mais um meu pequeno contributo na história de Taiki, a pedido do Fontez.
15 comentários:
Os olhares têm por vezes uma linguagem poderosa!
Depois quero ver e ler a história completa.
Deve ser interessante como todas as histórias .
Beijinhos nossos
A história é um bocadinho triste mas acho que tem vida e vida em abundancia...Nunca vou ver o fim da história de um livro quando leio mas esta deve ser interessante...
Beijinho amigo
Coração descalço é uma bela imagem. E todo o texto é bonito! :) Boa semana.
Querida Amiga,
Começando pelo título "Coração Descalço" e, abrindo o caminho à leitura, é com grande prazer que fui ao "Longos Percursos" e, confesso... a história é cativante, bem escrita e deliciosa em todo o seu enredo.
Li desejando cada linha que se seguia.
Parabéns
bj...nho
Devias largar a tua profissão, que eu nem sei qual é, e passar a escrever em exclusivo.
Porque tens o balanço narrativo que é necessário num escritor.
Li o teu texto como se fosse o início de um romance... e nem digo mais nada...
Não te chamo mais vezes Menorzinha... agora vou mudar para Maiorzinha...
Querida amiga, boa semana.
Beijos.
às vezes é necessário decobrir-nos para sabermos para onde vamos.
Querida amiga
olha...concordo plenamente com o Nilson...
Magnifica que és...
Beijinhos com carinho
... depois de ir aos "Longos Percursos", ler-te e esperar pelo teor da carta escrita por Taiki, fiquei a pensar que tu é que eras a pessoa ideal para me desembaraçares do folhetim, que em má hora tive a ideia de começar.
Estou a brincar. A tua história está muito bem contada e merece ser lida naquelas longas noites de Inverno, para nos aquecer a alma.
Beijos e óptimo fim-de-semana!
*
profundo post,
,
retalhos e rabiscos
em texto calçado . . .
,
conchinhas,
,
*
Fá,
Gostei muito deste inicio, por isso vou seguir o link para continuar a ler o resto.
Bjs.
Interessante: cada um dos teus textos já vale por uma história completa. :) Bom resto de semana!
Às vezes diz-se que já se escreveu tudo, já se inventou tudo, mas, depois, deparamo-nos com certos textos e redescobrimos ideias e sentires que de outra forma não conseguiríamos.
:)
Lembrarás tu que as manhãs
Acordam da tua luz fugidia
És esperança de perdida estrela
Quem recolhe a dor em Deus confia
Assombração que o luar esqueceu
Nas margens de um lago azul
Hoje passou a voar por mim
A última garça a caminho do sul
Era alva como a espuma do mar
Graciosa como mulher feliz
Voava de encontro ao vento
Com olhar brilhante de petiz
Boa semana
Doce beijo
Nilson tem toda a razão!
O seu comentário é para ser levado a sério e muito!
bj grande minha querida amiga.
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