O que é que eu faço aqui?
Colo o nariz ao vidro da janela e pergunto-me: mas o que é que eu faço aqui, neste mundo tão grande e frio?
Penso em abri-la e debruçar-me no parapeito, sorver um sopro de vento, um doce-amargo do tempo...
E há tanta vida lá fora à espera para eu passar.
Ouço, ao longe, tambores... ouço-te as palavras no vento. Grito por ti, para que me livres do pesadelo, mas o vento sopra ao contrário e não chega até ti o eco da minha voz.
Quando ousarei partir o vidro da janela e abrir as asas para me soltar?
16 comentários:
Quando um gesto, um simples gesto, pode fazer toda a diferença...
Beijo :)
Todas as fronteiras são assim, frias, esmurrando a nossa vontade e de uma invisibilidade transparente como a dos vidros... especialmente as do nosso interior.
Há dias assim em que apesar da transparencia, um muro se ergue...
Bjs
Por vezes somos prisioneiros de nós mesmos...
Adorei, Fa!
Beijos
São maravilhosos os seus escritos, parabéns por tamanha sensibilidade!
bjos...
Por vezes, é preciso partir o vidro da janela e abrir as asas para se soltar. Não se espere que, para lá do vidro,alguém oiça o nosso grito, ou que, ouvindo-o, nos deite a mão.
Linda a sensibilidade poética deste registo!
Ah! o som dos tambores! uma das primeiras manifestações do Homem em termos comunicacionais...E a magia continua por mais anos que passem.É deixarmo-nos ir e responder ao apelo primitivo das nossas almas...
Beijo
Olinda
Quando algo nos separa do sonho, não sabemos o que fazemos aqui...
Belo texto.
Beijos, querida amiga Fá.
Um texto carregado de sonho e ternura.
Apetece-nos também partir o vidro, procurar asas e voar.......
Olá!
Passei em busca de novidades e deixo um beijinho, desejando que tenha um excelente final de domingo.
Beijo.
Assim é. Sempre, necessitamos abrir as nossas janelas. :) Boa semana!
As vezes um simples momentos, uma janela, é que faz toda a diferença. Gostei muito de ler seus textos. Voltarei mais vezes. Um Abraço!
Fazer a diferença é para poucos, beijo Lisette.
- a todo o momento!
Importa reconhecer os sinais que chegam ao íntimo... uma simples palavra ou, quem sabe, um som do vento que passa...
Um belo e espantoso poema!
Um abraço.
Já o fizeste... não já? :)
É bom ler-te.
Um beijo de carinho,
CA
Devagar se vai ao longe...
:)
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